2018 começando, já passei daquela fase de reflexão do porque não fiz um balaio de coisas que prometi fazer em 2017. Já me reorganizei, desenhei minhas metas tudo certinho e bonitão, show de bola. Porém eu comecei 2018 em uma empresa nova, um trabalho novo (de novo), muitos me questionaram e disseram “Como assim Jorge, não fecha dois anos em empresa nenhuma?”, calma que eu explico. Comecei minha jornada na área de desenvolvimento de software em 2012, nessa época ingressei no curso de Análise e desenvolvimento de sistema no SENAC (diga-se de passagem, que baita escolha que fiz :D).

Na época eu acabara de completar 25 anos, já não era mais um menino, vindo de 7 anos de trabalho entre suporte técnico e outras ocupações variadas e estava ali, dando meus primeiros passos na linguagem de programação Java e fazendo meus primeiros if e else da vida. Eu olhava na minha sala de aula e tinha muita gente jovem, mas jovem valendo, tinha um colega que tinha 17 anos na época e hoje é um dos melhores desenvolvedores que eu conheço, tendo esse cenário a minha volta eu sabia que deveria estar sempre a 140km/h se quisesse ao menos ser concorrente deles e qualquer tipo de oportunidade na área. Então lá fui eu estudar coisas que só aprenderia mais adiante, enquanto eles davam seus primeiros passos, entre madrugadas sem dormir e aquelas horas de almoço onde eu mal mastigava a comida para ter tempo de estudar.

Nessa época, o filme “A procura da felicidade” era meu combustível quase semanalNessa época, o filme “A procura da felicidade” era meu combustível quase semanal

Larguei meu emprego estável em uma multinacional com plano de saúde, VR, férias e fui para um estágio, somente para ter mais tempo para estudar. Mas e por que tudo isso? Porque eu tinha um objetivo claro, era ser competitivo e trabalhar em uma empresa dessas que estamos acostumados de ver em filmes, do tipo “ei trabalhe como você quiser, seja bem remunerado e eu vou te incentivar sempre!”. Sim, eu sou muito sonhador e filosófico, era meu objetivo claro desde a minha primeira oportunidade e eu tenho o maior orgulho de dizer que sempre fiz tudo que esteve ao meu alcance para conquistar meu objetivo. Só quem não tem medo de arriscar na carreira sabe como é doloroso ouvir um “pra que estudar tanto? / pra que trocar tanto de emprego? / eu se fosse tu sossegava!”, ouvir tudo isso já é brabo, ouvir da própria família é “soda”. Mas eu sempre soube aonde eu queria chegar, e minha intuição sempre guiou meus ciclos, meu ciclo de chegar e meu ciclo de partir.

Conheci muitas pessoas, aprendi muita com elas e o que eu mais gostei, foi aprender a ser útil aos outros, a ensinar, a ouvir, a indicar as pessoas e poder proporcionar uma oportunidade a quem muitas vezes era um talento esquecido. Ainda, aprendi também que você tem que fazer aquilo que ama para viver e seguir os seus instintos (não seja desajuizado, não seja impulsivo demais, não seja pirado), mas siga seus instintos e esteja preparado, principalmente para entender os seus ciclos, não deixe de arriscar por “estabilidade”, não arrisque somente pelo dinheiro, não traia seus princípios e nem a confiança das pessoas. Seja gentil, sorria bastante e seja positivo!

A mensagem que eu queria deixar é que existe muito chão para percorrer, mas sempre atento aos ciclos. Acredito que cheguei a bons lugares e fiz tudo valer à pena, porém às vezes o que foi bom pra esse que vos escreve talvez não seja bom pra você. Aprenda a entender você,a manter o equilíbrio, a lidar com as dificuldades e a ser honesto com os ciclos que inciam e também com os que chegam ao fim.

Façamos com que 2018 seja repleto de novos ciclos a todos nós :D

Agradecimento especial ao Lucas Tagliani Aguiar que escreveu um texto muito bom sobre idas e vindas de trabalho, me fez refletir e a tomar coragem de voltar a escrever sobre essas reflexões que eu gosto e acredito tanto, agradecimentos também a Ramona Elise(minha esposa), por estar junto comigo em toda essa jornada e nesse post também, me apoiando na correção do texto.